Aqui é como um porta-treco: Eu vou colocando de tudo um pouco.

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terça-feira, 31 de maio de 2011

Em assuntos de amor...

   Amor. Assim como escreve Luiz Fernando Veríssimo em sua crônica Amores: "Amor. Do latim 'amore'. Substantivo masculino. Devoção, dedicação. Desejo de que nada aconteça ao nosso amor, principalmente ter amor por outro."
   Sei bem que amor é o sentimento do arriscar. Doar o seu amor, sentimento tão delicado, confiando-o aos cuidados do outro. Arriscar perder, arriscar sofrer, arriscar se possível for, não amar mais. Uns dizem que é possível amar e desamar, amar e esquecer que amou. Outros confirmam que amor, uma vez amor para sempre amado.
   Eu sinto muito amor. O mesmo amor que antes sentia continuo a sentir. Amizade é uma forma de amor, carinho é uma forma de amor, compaixão também.  Há quem diga que até mesmo o ódio, tão contraditório ao amor, é um tipo de amor que gravemente adoeceu.
   Em assuntos de amor coexistente com a paixão nada, ou quase nada sei. Aprendi com a vida que paixão sem amor passa, mas o amor puro nunca pode ser levado. Paixão sem amor um dia se esgota, se cansa, se esquece. O amor é o sentimento que procede do mais profundo da alma. É resistente, persistente, paciente e benigno. Resiste a distância, persiste ao tempo, espera o momento e faz bem á qualquer um. É uma dádiva.
                                                                                                     (Carolyne A. Peluci)
  


  
   "Amor, ás vezes coincide com o amor, ás vezes, não.
   Absurdo.
   Como pode o amor não coincidir consigo mesmo?
   Adolescente, amava de um jeito. Adulto, amava melhormente de outro. Quando viesse a velhice, como amaria finalmente? Há um amor dos 20, um amor dos 50 e outro dos 80? Coisa de demente.
   Não era só a estória e as estórias de amor. Na história universal do amor, amou-se sempre diferentemente, embora parecesse ser sempre o mesmo amor de antigamente.
   (...)
   Não havia jeito. O amor era o mesmo e sempre diferenciado.
   O amor se aprendia sempre, mas do amor não terminava nunca o aprendizado.
   Optou por aceitar sua ignorância.
   Em matéria de amor, escolar, era um repetente comformado.
   E na escola do amor declarou-se eternamente matriculado."
(Trecho do texto Amor: O interminável aprendizado, por Affonso Romano de Sant'anna)

terça-feira, 17 de maio de 2011

O inverno chegou!

    Dias atrás quando me levantei da cama, pouco depois das seis da manhã com meu pijama curto, pude perceber que o verão estava começando a se despedir. Um friozinho, um ventinho meio frio, o sol perdendo sua força. E cada dia que passava mais frio ficava. O inverno chegando e trazendo com ele uma preguiça cada vez maior ao me levantar da tão confortável cama pela manhã gelada. Aquela vontade persistente de assistir filme debaixo das cobertas quentinhas e aconchegantes foi ficando proporcionalmente maior com frio, assim como aquele não querer mais sair do banho quentinho, ou ainda o desejo de tomar um bom e incomparável chocolate quente.
    Ah... o inverno. Época em que o calor humano é tão valorizado assim como  esses momentos de conforto e de aconchego. Mas... e se eu ou você que está lendo este texto tivéssemos apenas um agasalho? E se você não tivesse nenhum? Talvez isso não pareça tão prazeroso assim.
   Se você possui um coração aquecido, doe calor, doe um agasalho, um cobertor ou qualquer coisa que possa ser utilizado para proteger alguém do frio. Participe da Campanha do Agasalho. Acesse http://www.campanhadoagasalho.sp.gov.br/ ,saiba mais sobre a campanha e descubra o seu local de doação mais próximo.


"A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana." (Franz Kafka)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fatos do dia-a-dia - A planta



A planta 
  Minha mãe tinha uma plantinha pequenininha na cozinha. A coisinha verde ficava na janela, e todas as vezes que eu parava para beber água jogava as últimas gotinhas do copo na pobre coisinha verde que torrava no sol. O ato era tão automático e envolto de tanta correria que eu sequer olhava para a planta.
   O gesto já havia virado rotina e eu nem sabia quantas vezes por dia repetia-o. Foi quando numa certa noite ouvi a voz da minha mãe, que vinha da cozinha dizendo "este meu cacto está todo estranho, coitado". Cacto? Naquela hora me lembrei de um cacto pequenininho que minha mãe tinha ganhado havia algum tempo. Bem cedo, no dia seguinte quando fui beber água olhei para a janela e vi. A planta da minha mãe, aquela que torrava no sol era um cacto. O bichinho estava meio caído, com jeito de triste, todo molenga.
  Então, vendo-o todo esquisito parei e percebi o que eu tinha feito. Parei imediatamente de regá-lo. Alguns dias se passaram e ele morreu. Minha mãe gostava daquele cacto. Ela jogou-o fora. Agora eu jogo as últimas gotas de água na pia.
   Com o que aconteceu, pude retirar algo para mim. Estive pensando quantas vezes, por conta da "falta de tempo" eu passei pelos mesmos lugares, várias vezes sem sequer olhar ao meu redor e perceber que estou fazendo algo errado todos os dias. Jogamos a culpa na correria, mas é preciso abrir os olhos. A rotina nos transforma em robôs. Fazemos as mesmas coisas, da mesma forma, dia após dia. E se eu não parar e olhar para aquilo que estou fazendo, corro o risco de causar danos irreversíeis. Pode parecer exagero, pode parecer idiota, mas para mim faz muito sentido.

 (Carolyne A. Peluci)