Amor. Assim como escreve Luiz Fernando Veríssimo em sua crônica Amores: "Amor. Do latim 'amore'. Substantivo masculino. Devoção, dedicação. Desejo de que nada aconteça ao nosso amor, principalmente ter amor por outro."
Sei bem que amor é o sentimento do arriscar. Doar o seu amor, sentimento tão delicado, confiando-o aos cuidados do outro. Arriscar perder, arriscar sofrer, arriscar se possível for, não amar mais. Uns dizem que é possível amar e desamar, amar e esquecer que amou. Outros confirmam que amor, uma vez amor para sempre amado.
Eu sinto muito amor. O mesmo amor que antes sentia continuo a sentir. Amizade é uma forma de amor, carinho é uma forma de amor, compaixão também. Há quem diga que até mesmo o ódio, tão contraditório ao amor, é um tipo de amor que gravemente adoeceu.
Em assuntos de amor coexistente com a paixão nada, ou quase nada sei. Aprendi com a vida que paixão sem amor passa, mas o amor puro nunca pode ser levado. Paixão sem amor um dia se esgota, se cansa, se esquece. O amor é o sentimento que procede do mais profundo da alma. É resistente, persistente, paciente e benigno. Resiste a distância, persiste ao tempo, espera o momento e faz bem á qualquer um. É uma dádiva.
(Carolyne A. Peluci)
(Carolyne A. Peluci)
Absurdo.
Como pode o amor não coincidir consigo mesmo?
Adolescente, amava de um jeito. Adulto, amava melhormente de outro. Quando viesse a velhice, como amaria finalmente? Há um amor dos 20, um amor dos 50 e outro dos 80? Coisa de demente.
Não era só a estória e as estórias de amor. Na história universal do amor, amou-se sempre diferentemente, embora parecesse ser sempre o mesmo amor de antigamente.
(...)
Não havia jeito. O amor era o mesmo e sempre diferenciado.
O amor se aprendia sempre, mas do amor não terminava nunca o aprendizado.
Optou por aceitar sua ignorância.
Em matéria de amor, escolar, era um repetente comformado.
E na escola do amor declarou-se eternamente matriculado."
(Trecho do texto Amor: O interminável aprendizado, por Affonso Romano de Sant'anna)