Aqui é como um porta-treco: Eu vou colocando de tudo um pouco.

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domingo, 11 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sociedade influenciada pela mídia



    Dias atrás eu estava assistindo a uma reportagem sobre anorexia. Fiquei observando as imagens e pensando nos fatores que podem levar pessoas á abrirem mão de sua saúde por uma "melhor aparência". Muitos, por má alimentação ou mesmo a total falta dela, perdem a vida na tentativa de possuírem corpos "perfeitos". No entanto, os sacrifícios pela boa aparência física têm ligação apenas em doenças como a anorexia. São cirurgias plásticas, bronzeamentos artificiais, dietas rigorosas, atividade física intensa e inadequada, anabolizantes e por aí vai. Tudo isso em prol da perfeição, segundo aquilo que a mídia prega.
   De uma maneira geral, não se tratando apenas do fator estético, as pessoas cada vez mais estão obcecadas em possuir aquilo que lhe é imposto como "ideal". Em tempo integral, somos bombardeados por propagandas, anúncios e tantas outras jogadas dos diversos meios de comunicação nos dizendo como devemos ser, como devemos agir e como devemos pensar. Podemos utilizar como exemplo a grande influência que as novelas brasileiras possuem na sociedade. Muitos costumes, manias, tendências, gírias advêm de novelas. Basta a mocinha da novela usar um determinado corte de cabelo, que logo surgi uma multidão de mulheres com cabelos iguais. Não estou sendo radical. Eu mesma já me inspirei em alguém na hora do corte de cabelo. O grade problema é que muitos em meio a tanta influência têm perdido algo muito importante, sua personalidade.
    Por muitas vezes pude ver uma mudança de opinião de alguns tão rápida quanto a mudança da lista das músicas mais ouvidas da semana. Opinião camaleão que muda, se transforma de repente de acordo com a modinha do momento. Opinião camaleão. As definições podem ser diversas, mas particularmente vejo como um vácuo de opinião própria e pessoas mecanicamente sendo aquilo que o resto da sociedade é e quer ser.
   Em outras palavras, o fantoche da mídia é a sociedade. Na atual sociedade capitalista e egocêntrica acaba se tornando até mesmo fácil implantar idéias como, "para ser feliz, ser aceito e admirado compre este carro, vista-se dessa forma, ouça essa música, torne-se fisicamente assim, faça tais coisas, pense dessa maneira".
  Em uma sociedade massificada e padronizada, tomar atitudes diferentes, ou "nadar contra a maré", é atitude de poucos. Infelizmente.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Eu e meus muros

  Eu e meus muros 

    Prefiro não me expor. Sou o tipo de pessoa que diz, ou tenta dizer, o essencial. Sem criar laços tão facilmente, sem me despir das barreiras naturais, meus muros.
    Coisa que detesto é quando me sinto extremamente incomodada com algo, descordando, preocupada, impaciente, mas por cordialidade ou no mínimo educação, tento encobrir minha agitação interior, como alguém que usa uma máscara de normalidade. Talvez por medo de ofender, ou de ter que expor os sentimentos internos, ou mesmo para não ser aquela pessoa chata, que não concorda com aquilo que a sociedade já se acostumou.
    Assim reforço meus muros, pois me volto tão fixamente para mim mesma, escondendo a tensão e a infelicidade do momento, que torno ainda mais estreito o caminho para as relações mais profundas, além da superficialidade.
    Muitos crêem me conhecer e não me conhecem. Um livro extenso, ainda sendo escrito, com páginas arrancadas, outras manchadas ou desbotadas, impossíveis de extrair leitura, esquecidas. Livro ao qual nem mesmo o autor auxiliar sabe interpretar trechos, não se lembra, não sabe o que será escrito. Assim são as pessoas, extensas, complexas, tão inconhecíveis por todos, e por si mesmas.
    Dizem que criar barreiras é mais fácil do que permitir que as pessoas tenham acesso á nós. Verdade ou não, prefiro não mudar o que até agora, agindo feito seletor, só me trouxe benefícios em assuntos de relações interpessoais. Ou posso estar errada. De qualquer forma, sei que os valorosos sempre ultrapassam os muros, e se decidirem ficar, para esses, caem os muros.

Carolyne Apolinario Peluci